FPF proíbe sinalizadores em jogos e prevê até desfiliação de clubes

A morte do torcedor boliviano Kevin Espada no empate por 1 a 1 entre Corinthians e San José pela Copa Libertadores trouxe consequências também ao Campeonato Paulista. O incidente na Bolívia motivou a Federação Paulista de Futebol a proibir a utilização de sinalizadores nos estádios, com penas que variam entre multa de R$ 100 reais e desfiliação do clube.

A Resolução 001/2013, divulgada pela FPF nesta quarta-feira, prevê punições não só para o torcedor que faça uso do objeto, como também para a torcida e o time. Caso os artefatos sejam utilizados pela torcida visitante, as duas equipes terão de responder.

A menor pena possível para o clube é o pagamento de multa de R$ 100, mas reincidências podem levar a punições como pagamento de multa de R$ 100 mil, perda de mando de campo por entre cinco e dez jogos e até mesmo a desfiliação do time.

Nesta quarta-feira, o presidente do TJD-SP, Mauro Marcelo de Lima e Silva, concedeu entrevista coletiva na sede da FPF e garantiu ações severas para combater o uso de sinalizadores e fogos de artifício. "O mau torcedor entrou na alça da mira da FPF e do TJD. Seremos muito duros. Por isso estamos avisandos todos os clubes, pois agora teremos uma postura enérgica", destacou Lima e Silva.

Além disso, os árbitros foram instruídos a interromper temporariamente a partida em caso de utilização de sinalizadores. Os incidentes devem ser relatados na súmula para, então, serem levados ao Tribunal. A resolução entra em vigor a partir desta quarta-feira.

O presidente da FPF, Marco Polo del Nero, também falou sobre a mudança de atitude. O dirigente lembra que os torcedores podem usar esses artefatos do lado de fora dos estádios, desde que possuam autorização dada pelo Corpo de Bombeiros. "Se o torcedor for pego fora do estádio com sinalizadores ou fogos de artifício, é contravenção. Dentro do estádio, a possibilidade é zero de aparecerem esses artefatos. Fez fumaça, o jogo para", garantiu.

A Federação Paulista enviou a resolução para o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que pode seguir o mesmo caminho e adotar as medidas para os campeonatos nacionais.