Médico fala em "ganho" após quadro de R.Gomes seguir estável; nova cirurgia não está prevista

Com o quadro estável um dia após sofrer um AVC (Acidente Vascular Cerebral), Ricardo Gomes não deve precisar de nova cirurgia. Segundo o novo boletim médico do Hospital Pasteur, divulgado às 17h desta segunda-feira, o técnico do Vasco apresentou as alterações esperadas para um paciente em seu estado. As funções orgânicas estão normais e o estado de saúde é estável, apesar dele estar na UTI em coma induzido.

"O hematoma é bastante extenso e se manteve no mesmo quadro desde a cirurgia até agora, pois mantém o mesmo nível de patamar clínico. Isso é um ganho, pois nas primeiras 72 horas ele poderia ter piorado", afirmou o diretor-médico do hospital, Fernando Gjorup.

"Ele se encontra em estado grave, mas com as funções orgânicas controladas. A situação neurológica também é estável. O paciente está ventilado por aparelhos, em coma induzido, e é muito cedo para dizer se vai ter sequelas. Vamos ter um pouco de paciência, esperar o tempo passar. Só depois que retirarmos a medicação que induz ao coma e vamos poder dar uma avaliação clínica", explicou.

O treinador sofreu um AVC durante o clássico de domingo contra o Flamengo. De acordo com os médicos, a velocidade da intervenção cirúrgica após o acidente é positivo para o quadro de Gomes, mas prever possíveis sequelas ainda é impossível. "Ricardo Gomes foi operado em tempo bastante reduzido, ou seja, duas horas após o episódio e isso dá muitas chances de ter menos sequelas", disse o médico.

Leia a íntegra do boletim médico:

"Na reavaliação realizada hoje (29), à tarde, o paciente Ricardo Gomes, de 46 anos vítima de Acidente Vascular Encefálico (AVE) hemorrágico foi submetido a um eletroencefalograma, exame realizado para verificar as condições neurológicas. O resultado apresentou alterações esperadas para o quadro do paciente, que se encontra com todas as suas funções orgânicas dentro da normalidade. Ele encontra-se estável, porém sedado, respirando sob auxílio de aparelhos.

Segundo os médicos, o pós-cirúrgico do paciente está evoluindo bem, sem apresentar intercorrências. No momento, não há previsão de novas intervenções cirúrgicas. Ainda é muito precoce para avaliação da possibilidade de sequelas".