Quem é Juan Figer? Um senhor uruguaio de 76 anos e dono de uma carteira de atletas avaliada aproximadamente em US$ 250 milhões, mas que ninguém sabe onde está, ninguém vê na mídia, ninguém consegue encontrar.
A aversão aos holofotes é uma forte característica deste mestre dos negócios. Tanto que Figer é cercado por uma estrutura tão densa que fica cada vez mais difícil chegar nele. Ele conta com uma assessoria de imprensa e tem ainda um escritório para gerir seus negócios.
Trabalha com o filho Marcel, que também não é tão acessível. A reportagem do GLOBOESPORTE.COM tentou entrevistar Juan Figer por uma semana, sem sucesso. Chegou a mandar perguntas por e-mail para a assessoria dele, mas também não obteve resposta.
Sempre viajando e negociando atletas, Figer mudou-se para o Brasil no fim da década de 60 para montar um negócio de comércio internacional. Mas antes exerceu diversas atividades no Uruguai, como vendedor de camisas, office-boy e agente de importações e exportações, função na qual começou a prosperar financeiramente. A ligação com o futebol veio quando foi convidado por amigos para ser diretor comercial do Peñarol.
Ao chegar ao Brasil, teve a ideia de organizar um amistoso entre Flamengo e Peñarol, colocou seu próprio dinheiro como garantia, e o jogo foi um sucesso, lotando o Maracanã. A partir daí viu que o mercado esportivo era o seu lugar.
A primeira transação realizada por ele foi a ida de Pablo Forlán do Peñarol para o São Paulo. Na sequência, buscou mais dois nomes de peso no clube uruguaio: Héctor Silva, que foi para o Palmeiras, e Pedro Rocha, também para o Tricolor. Figueroa, que foi para o Inter, também deixou o Peñarol por intermédio de Figer.
Zé Roberto é um dos principais jogadores
empresariados por Figer (Foto: Getty Images)
empresariados por Figer (Foto: Getty Images)
É dele, inclusive, a transação mais cara do Brasil, no ano de 1998: a ida de Denílson, do São Paulo, para o Bétis, da Espanha, por cerca de US$ 32 milhões.
Hoje, Figer é mundialmente respeitado e conhecido, mas segue afastado da mídia. Entre seus atuais jogadores estão nomes como os consagrados Zé Roberto, Julio Baptista e Valdivia, e outros desconhecidos, como Saavedra, que foi para o São Paulo em 2009, mas não foi aproveitado. Está encostado no clube paulista.
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