Assassinato faz promotor analisar extinção de torcidas organizadas em MG

29.11.10 | Marcadores:
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O promotor José Antônio Baeta, da Promotoria de Defesa do Consumidor, poderá solicitar à Justiça a extinção das torcidas organizadas de clubes de futebol de Belo Horizonte, por causa do assassinato do integrante da torcida cruzeirense Máfia Azul, Otávio Fernandes Correa, após briga com torcedores da Galoucura, do Atlético. O rapaz foi enterrado nesta segunda-feira (29) em Montes Claros (mg).

A decisão sobre as torcidas vai depender do andamento e das conclusões das investigações da Polícia Civil em torno do assassinato do repositor Otávio Fernandes, 19 anos, morto a pauladas durante conflito que envolveu dezenas de torcedores do Atlético e do Cruzeiro, no cruzamento das avenidas Nossa Senhora do Carmo e Contorno, no Bairro São Pedro, em Belo Horizonte.

Para o promotor, a extinção das torcidas organizadas será pedida se ficar provado que as agremiações estariam desvirtuando suas finalidades para a “prática de crimes”. Essa foi a 11ª morte acontecida em conflitos entre as torcidas organizadas Galoucura e Máfia Azul, desde 1967.

A Polícia Civil requisitou nesta segunda-feira (29), no começo da tarde, duas fitas gravadas por câmeras que podem conter cenas da briga generalizada.

O delegado Breno Pardini Cezário, da Delegacia de Homicídios/Sul, começou a recolher, nesta segunda-feira (29) , nomes de testemunhas. Uma fonte da Divisão de Homicídios afirmou que já existem dois suspeitos, que serão ouvidos em cartório depois que a polícia interrogar várias testemunhas. Os dois foram apontados à polícia por seus apelidos e seriam ligados à direção da torcida organizada Galoucura. A fonte adiantou que os dois poderão ser indiciados por crime de homicídio com possibilidade de premeditação e motivo torpe, o que pode acarretar em uma condenação, pela Justiça, a mais de 15 anos de prisão.

Um oficial da Polícia Militar disse, horas depois do conflito, que os envolvidos na morte de Otávio Fernandes poderão ser identificados pelas filmagens. O rapaz foi morto a pancadas na cabeça e perdeu parte da massa encefálica. Outros dois, Flávio Celso da Silva, 35 anos, e Rodrigo Marques de Oliveira, 31 anos, foram agredidos durante o conflito e continuavam internados, no HPS.



Otávio Fernandes Correa foi enterrado nesta segunda-feira, às 11h, no Cemitério Jardim da Esperança, em Montes Claros. O corpo chegou à cidade às 2 horas da madrugada e foi velado até às 10 horas, na casa da avó, Sebastiana Gonçalves Ferreira, de 70 anos, na rua dos Ipês, Bairro Edgar Pereira.

O pai do rapaz, José Camilo Gonçalves Fernandes, disse que todos esperam providências da polícia para descobrir os autores do assassinato, lembrando que, por várias vezes, pediu ao filho para sair da torcida organizada

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