Uma defesa que pode entrar para a história

30.8.07 |
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Com a vitória de 1 a 0 sobre o Palmeiras, quarta-feira, no Palestra Itália, o São Paulo, além de disparar na liderança com 47 pontos, chegou ao sexto jogo consecutivo sem tomar gol no Campeonato Brasileiro. A melhor defesa da edição 2007, com apenas sete gols sofridos em 22 rodadas, é também a melhor zaga da história do Brasileirão. Desde 1971, nenhuma equipe registrou média tão baixa de gols contra: 0,318 por partida.

A última vez que o Tricolor teve a sua rede balançada na competição foi no dia 2 de agosto, na vitória de 3 a 1 sobre o Juventude, no Morumbi. Depois disso: 2 a 0 com o Grêmio, 2 a 0 com o Botafogo, 2 a 0 com o Atlético Paranaense, 0 a 0 com o Goiás, 5 a 0 com o Náutico e agora 1 a 0 com o Palmeiras. Neste intervalo, é verdade, o time sofreu três gols do Figueirense (2 a 2 e 1 a 1) pela Copa Sul-Americana. A equipe nem se abalou com a perda de dois jogadores do seu sistema defensivo: Josué foi para o Wolfsburg (ALE) e Edcarlos assinou com o Benfica (POR). Em compensação, uma das grandes revelações deste Brasileirão é o jovem Breno, zagueiro de 17 anos, que virou titular absoluto de Muricy Ramalho.

- A defesa é boa, mas é resultado de uma marcação que começa lá na frente. O Dagoberto, que nunca marcou na vida, aqui marca. Assim, a bola fica mais longe do gol do Rogério - explica Muricy.

Para manter a média, o time só poderia sofrer mais cinco gols até o final
Até então, a melhor defesa – por média – de todos os Campeonatos Brasileiros era justamente a do último rival, o Palmeiras. Em 1973, na campanha do segundo título nacional do Verdão, a equipe que tinha Emerson Leão, hoje técnico do Atlético Mineiro, no gol, e Luís Pereira, na zaga, levou só 13 gols em 40 partidas, com um índice de 0,325 por jogo.

- É uma média impressionante para os dias atuais, mas que dificilmente será mantida. É difícil levar apenas um gol a cada três partidas - diz o goleiro Rogério Ceni.

A tarefa é realmente duríssima: para efetivamente entrar para a história, a zaga do São Paulo não pode sofrer mais do que cinco gols nos 16 jogos que lhe restam. Mas, no momento, pelo menos, “defesa que ninguém passa”, como diz o hino palmeirense, é a do São Paulo!

FONTE: GLOBO

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